sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

. Gravidez na adolescência: o exemplo do Brasil


. Gravidez na adolescência: os riscos


 


Diabetes gestacional: Intolerância à glicose (açúcar simples). A placenta produz uma quantidade elevada de hormonas que impedem a insulina de transportar a glicose (os bebés costumam nascer com mais de 3,5 quilogramas);

Pré-eclampsia: É o aumento da pressão arterial e da libertação de proteínas na urina;

Eclâmpsia: Neste estado há perigo de coma e de morte. A eclâmpsia é uma hipertensão específica da gravidez e é caraterizada pelos repetidos episódios de convulsões que normalmente aparecem nos últimos 3 meses de gestação e também em alguns casos pontuais depois do parto;

Anemia: Acontece quando o nível de hemoglobina está abaixo do normal  e tem como resultado uma carência de um ou mais nutrientes essenciais;

Abandono da Escola: Na maioria dos casos, as adolescentes abandonam a escola e nunca mais voltam, só uma parte muito reduzida retoma os estudos;

Uniões instáveis com o pai da criança: as estatísticas revelam que a maior parte dos jovens casais se separam durante o primeiro ano de vida do bebé, depois de se aperceberem que o namoro se transformou numa coisa mais séria;

Aborto espontâneo ou parto prematuro/ cesariana: o corpo da mãe ainda não está preparado para carregar um bebé;

Aumento da probabilidade de ter depressão pós parto e da rejeição do bebé por parte da mãe;

Maior probabilidade de ter o 2º filho num espaço curto de tempo: algumas pensam que já são capazes de criar uma criança, logo não evitam a segunda gravidez (e não usam nenhum método contracetivo).

 

. Como evitar a gravidez: alguns métodos contracetivos



1.     Comportamentais:

Abstinência - Evitar o ato sexual com penetração;

Coito interrompido - é quando, numa relação sexual, o homem pressente a ejaculação e que tira o pénis e ejacula fora da vagina.

2.     De barreira:

Preservativo Masculino – cobertura feita de látex (borracha) que é colocada de maneira a cobrir o pénis.





Preservativo Feminino – cobertura feita de latex que é introduzida na vagina para não deixar passar os espermatozoides.






Esponja – almofada de poliuretano, de forma circular, impregnada de um produto espermicida e constituída por uma pequena argola para facilitar a sua extração. Desempenha três funções contracetivas em simultâneo: libertar o agente espermicida, absorver o sémen depositado com a ejaculação e bloquear a entrada no útero.
 
 
 
Espermicidas - agentes químicos utilizados para desativar os espermatozoides presentes na vagina antes que penetrem no útero. 
 

 
 
Dispositivos Intrauterinos (DIU) – dispositivo em forma cilíndrica colocado no útero que dificulta a movimentação dos espermatozoides e inibe o crescimento do endométrio, isto é, o tecido que reveste a parede interna do útero.
 

 

3.     Métodos Hormonais:

Orais:

Pílula do dia seguinte – deverá ser utilizada de emergência logo após  a relação sexual. Por ser um método de emergência não deve ser usado de maneira premeditada.

 
 

Pílula Combinada – trata-se de um método diário durante 21, 22 ou 28 dias. É importante não esquecer nenhuma toma.
 
 

Injetáveis:

Injeção intramuscular – trata-se de uma injeção intramuscular de uma solução aquosa que contém acetato de medro progesterona, que é libertada lentamente na corrente sanguínea e previne a ovulação. 

 
 
 


4. Cirúrgicos:

Laqueação das trompas uterinas - consiste em fazer um corte ou bloqueio das trompas  com vista a impedir a fecundação do óvulo.
 
 


 
Vasectomia - pequena cirurgia feita com anestesia local em cima do escroto, na qual é cortado o canal que leva os espermatozoides do testículo até às outras glândulas que produzem esperma masculino. Após a Vasectomia, a ejaculação ocorre sem a presença de espermatozoides. É uma cirurgia de esterilização voluntária definitiva e , por isso, o homem deve ter a certeza de que nunca mais vai querer ter filhos.
 
 
 

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

. Dia Internacional dos Direitos Humanos


Hoje, 10 de dezembro, comemora-se o dia Internacional dos Direitos Humanos, e nós não podíamos deixar de assinalar a data. Sendo este um blogue sobre a gravidez na adolescência, resolvemos fazê-lo assinando uma petição a favor das mulheres da comunidade de Mkhondo, na África do Sul. Estas mulheres, grávidas e recém mamãs, estão a morrer por não terrem acesso a serviços de saúde pré-natal.
A questão do acesso a cuidados médicos neste país é particularmente grave, relacionando-se intimamente com o elevado risco de infeção pelo VIH SIDA e com o grande número de gravidezes não planeadas: mais de 10% das raparigas com menos de 18 anos estão grávidas.
Se julgas, como nós, que se trata de uma causa importante, faz-te ao site da Amnistia Internacional e assina também a petição.

 

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

. Interrupção da gravidez na adolescência: alguns riscos


 

Consequências Psicológicas

Consequências Físicas
Trauma, medo e pesadelos
Dor intensa
Stress
Morte
Depressão
Infeções e doença pélvica inflamatória
Problemas em futuras relações
Hemorragias e coágulos de sangue
Remorsos, arrependimento e sentimentos de culpa
Exaustão e Insónias
Desamparo/desespero
Endometrite (inflamação da mucosa uterina)
Incapacidade de se auto perdoar
Perda de peso, apetite e vómitos
Raiva
Choques e comas
Ansiedade
Choro e nervosismo
Tentativa de suicídio
Cancro da mama, cervical, dos ovários e do fígado
Disfunção sexual
Febre e suores frios
Consumo de tabaco, álcool e drogas
Perfurações e lacerações uterinas e cervicais
Desordens alimentares
Esterilidade

. Estou grávida: que está a acontecer ao meu corpo?



Descobri que estou grávida, fiz-me à net e descobri o que me espera: um período gestacional composto por 40 semanas com consequências metabólicas, nutricionais e fisiológicas.

No 1º trimestre (1ª a 13ª semana), logo após a fecundação, poderemos sentir incómodos como sono, cansaço físico, falta de boa disposição, peito mais sensível e dolorido, variações de humor, vontade de urinar mais frequente, cólicas, prisão de ventre e náuseas, enxaquecas, o peso começa a aumentar.


No 2º trimestre (14ª a 26ª semana), o peso e a barriga continuam a aumentar, sentimos algum desconforto provocado pela retenção de líquidos, especialmente nas mãos, nas pernas e nos pés. O útero expande-se para além do limite da pélvis, a barriga fica cada vez menos definida e mais saliente. Os músculos intestinais estão mais relaxados, o estômago está mais comprido (pode provocar azia), a pele da zona genital e da aurela dos mamilos pode escurecer, podem aparecer manchas na pele (cloasma ou melasma). A partir do 5ºmês o peito expele um líquido transparente, o colostro (primeiro leite materno).


No 3º trimestre (27ª a 40ª+ semana), o aumento da barriga persiste. Com o aumento do peso, o nível do diafragma, sob pressão aumentado, eleva-se cerca de 4cm. A retenção de líquidos e o aumento progressivo do volume de sangue em circulação torna as articulações mais frouxas, podemos sentir-nos mais inchadas. O peso do útero continua a aumentar durante a gravidez, o seu peso cresce cerca de 20 vezes em relação ao seu peso normal, poderá sentir menos tensão no peito que, no entanto, continua a crescer (pode aumentar 3 vezes de tamanho devido à multiplicação das glândulas mamárias e acumulação de gordura para a produção do leite). O cansaço, as insónias e a ansiedade acumulam-se e aumentam progressivamente à medida que os dias passam e a data do parto se aproxima.